O projeto do Cria, em parceria com a Fapeal, selecionou 50 projetos voltados à primeira infância
Fabiana Barros / Ascom Cria
A assinatura dos termos de outorga dos bolsistas selecionados por meio do edital do projeto Grêmio que Cria, uma iniciativa da Secretaria da Primeira Infância (Cria), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), aconteceu nesta quarta-feira (08/11), no Palácio República dos Palmares. Dos 50 projetos, dois participaram da cerimônia representando todos os selecionados.
O Grêmio que Cria atribui cotas de bolsas para estudantes membros de grêmio estudantil e profissionais ligados às atividades educacionais das escolas da rede pública estadual. No total, são 250 bolsas, sendo 200 para o estudante gremista, com valor mensal de R$ 300, e 50 bolsas para orientador, correspondente a mil reais mensalmente. Os projetos de pesquisa selecionados estabelecem diálogo com as temáticas voltadas para a primeira infância.
O Cria e a Fapeal receberam 116 propostas de projetos de pesquisas, dos quais foram selecionados 50. Os selecionados foram representados pelos projetos da Escola Estadual Professor Theonilo Gama, no bairro do Jacintinho, com o título Grêmio da infância à juventude: uma caminhada do saber e o projeto da Escola Estadual Dr. Fernandes Lima, no bairro do Sítio São Jorge, com o título Gente pequena, vem que te conto: cuidar, brincar e incluir.
A secretária da Primeira Infância, Paula Dantas, reforçou a prioridade da primeira infância para o Governo do Estado e conclamou que os bolsistas disseminem o compromisso que todos devem ter com a primeira infância para que as crianças possam ter o desenvolvimento adequado. Paula afirmou ainda o quanto o cumprimento desse direito é decisivo para as demais fases da vida. A secretária lembrou que a ideia do Grêmio que Cria surgiu a partir do governador Paulo Dantas.
O presidente da Fapeal, Fábio Guedes, destacou a importância da iniciativa para os estudantes, pois os coloca no mundo dos projetos, da ciência, além de contribuir para uma rotina de trabalho. De acordo com Guedes, pelo Governo de Alagoas, existem em torno de 1.250 estudantes com bolsas de iniciação científica na educação básica. Mais 1.360 envolvidos em projetos voluntariamente.
Experiência
O professor-orientador Rodrigo Nogueira, do projeto Grêmio da infância à juventude: uma caminhada do saber, relatou que a experiência tem sido incrível tanto na escola quanto na comunidade. “A pegada boa desse projeto é a função social que ele gera. A importância do aluno não somente nas matérias obrigatórias da escola, mas como parte da sociedade, como parte de um ser, como parte de uma sociedade que quer o bem, que quer crescer e o nosso projeto trata justamente dessa noção de querer”, explicou.
A estudante Andreyna Thayná Sabino, 16 anos, que integra a equipe do professor Rodrigo, destacou que a experiência está sendo totalmente inovadora. “Estou sendo incentivada e não apenas eu, mas todos os gremistas da escola. E não apenas da minha escola. Das outras também”, comentou.
Para a professora-orientadora Maria do Socorro Assunção, a experiência com o Grêmio que Cria tem sido muito importante tanto para os professores-orientadores, pois, segundo ela, é uma oportunidade para que desenvolvam pesquisa para além dos muros de escola quanto para os alunos, que são os protagonistas da ação. “Além de contribuir para esse conhecimento da pesquisa também auxilia os alunos na questão do próprio fazer social. Enquanto cidadãos, os alunos precisam ter essa visão de que eles estão ali para aprender, para pesquisar, para buscar conhecimento”, observou.
A aluna Karolyne Boia, orientada pela professora Maria do Socorro, explicou que foi feita uma parceria com a Escola Municipal Paulo Freire e o projeto desenvolvido levará contação de história, atividades lúdicas, brincadeiras, cantigas, além do trabalho em uma horta. “A gente viu quais eram as necessidades e as dificuldades das crianças com uma pesquisa de campo. Fomos à escola, conversamos com a direção e a diretora falou pra gente sobre as ideias que a escola já tinha”, explicou Karolyne.